Banda Marcial de Cubatão completa 25 anos e reúne antigos integrantes
Reunião no Grêmio dos Servidores de Cubatão nesta terça-feira, 21, vai reunir ex-integrantes e atual formação do Grupo Artístico.
Completando 25 anos de muita música e companheirismo, a Banda Marcial de Cubatão decidiu reunir os atuais artistas que compõem a equipe e os ex-integrantes. O encontro será nesta terça-feira (21), a partir das 12h, no Grêmio dos Servidores Públicos de Cubatão (Av. Joaquim Miguel Couto, 950). A reunião é fechada para os convidados.
“ A ideia é reunir a antiga formação e os atuais músicos da Marcial e promover uma integração entre todos. Quem está desde o início irá matar saudades, relembrar boas histórias e quem chegou há pouco tempo poderá conhecer aqueles que ajudaram o Grupo a fazer história na cidade”, comenta o maestro Alexandre Felipe Gomes, regente do Grupo desde a sua fundação.
A Banda Marcial surgiu como Fanfarra Municipal. Teve apenas dois meses de ensaio para fazer bonito na avenida, naquela época. "Nosso uniforme era bem simples: boné e camiseta azuis de mangas compridas, luvas, calça e tênis branco", lembra, com carinho, Alexandre. O maestro conta que o grupo era pequeno, formado por 40 músicos e seis bailarinas da Linha Frente. As atividades aconteciam na Escola Estadual Castelo Branco porque um chefe da Secretaria Municipal de Educação à época achou que o projeto não iria pra frente. Nos primeiros ensaios, alguns professores reclamavam do "barulho" que a fanfarra fazia na quadra, mesmo fora do período de aulas.
Mas foi durante a primeira apresentação, na Avenida Nove de Abril, que a comunidade e o governo se renderam à qualidade da então Fanfarra Municipal, que surgiu num período em que o regente também era maestro da Banda Sinfônica. "A Sinfônica tinha um repertório bastante elaborado, por isso, optei em dar à então fanfarra uma característica popular, com arranjos e repertórios diferenciados. O sucesso foi imediato!", lembra Alexandre. A Fanfarra foi campeã diversas vezes em festivais regionais e vice em um campeonato paulista. "Não fomos muito longe (risos). Tocávamos para agradar ao público e não os jurados", brinca.
Em 2001, a Fanfarra Municipal e Linha de Frente foram incorporadas à Administração Municipal, tornando-se Banda Marcial de Cubatão & Corpo Coreográfico. Eram ainda os primeiros passos como Marcial e optou-se por um trabalho que fosse referência na Região, destacando, mais uma vez, o pioneirismo de Cubatão quando o assunto é música. "Queria que o nosso trabalho fosse de qualidade. Então, criamos uma banda de metais que passou a levar nossa música a teatros, museus, escolas, espaços culturais, parques de toda a Região. Passamos a fazer parcerias com corais adultos e jovens, equipes de dança, cantores regionais. Isso nos proporcionou inúmeros espetáculos e um repertório pra lá de abrangente", comenta Gomes.
O maestro destaca a importância do trabalho social da Fanfarra e, posteriormente da Marcial, dando oportunidade a centenas de jovens cubatenses de terem uma vivência artística, alicerce para a formação dos instrumentistas. "Muitos músicos que hoje estão em orquestras e bandas sinfônicas Brasil afora começaram conosco, na Fanfarra Municipal. Gente que hoje atua na Orquestra Sinfônica Brasileira, de São Paulo e de Porto Alegre, Orquestra Baccarelli e do Teatro Municipal de São Paulo, Banda dos Fuzileiros Navais do Rio de Janeiro, entre tantas outras. É gratificante ver o progresso desses artistas que iniciaram ainda adolescentes ao nosso lado", relembra.
Ex- integrantes com o assistente de regência Paulo H. : á esq: Jhonatan , Felipe e Baé
Mesmo com tantas conquistas, concertos em locais de muita importância como teatros de toda a Baixada Santista e até de São Paulo, ainda assim, o maestro Alexandre considera o Desfile Oficial de 9 de Abril a mais importante de todas as apresentações do ano. E este ano, teve um gosto especial: a Banda Marcial foi homenageada e recebeu uma placa comemorativa das mãos da prefeita Marcia Rosa. O maestro reconhece que foi neste feriado municipal, 9 de abril, dia do aniversário de Cubatão, que tudo começou. "É ali na avenida que estão nossas raízes. É neste dia que centenas de pessoas nos aguardam, todos os anos, embaixo de sol ou de chuva para, novamente, nos aplaudir. Nesse momento, voltamos no tempo e sentimos a mesma vibração daquele primeiríssimo desfile na avenida pavimentada".
Fotos: Bruna Assumpção